São 21h17. Henri dá costas ao lustre alto e cor de nada. É dele o primeiro plano.
- Sofia, uma prostituta: é isso que vou ser. Ora, mas você também não o é? Então não me negue. Pouparei-a dos detalhes. Que lhe digo é que me interessam os piores crimes, os piores criminosos. E deles eu quero cuidar.
Henri caminha leve e adiante. Ele diz:
- É para eles que eu vou olhar quando ninguém mais o fizer. Não preciso dizer que prisão nunca foi e nunca será solução para os delírios de um psicótico. Nada muda nada e ninguém a não ser uma possibilidade melhor.
Eu vou dar-lhes...eu vou dar-lhes o meu suor. E ouvirei seus mais infinitos segredos. E, quando então, desbaratinados em enfim liberdade, derem-me as costas, deles já terei colhido os louros e neles depositado o meu esperma.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
16. Tentativa e Erro
- Sofia, você não vai acreditar, mas eu tive um sonho erótico contigo esta noite.
- Haha. Mentira!
- Eu disse...
- Como foi?
- Ah. Não conto.
- Não conta por quê?
- Porque quero que você descubra.
- E por onde eu começo?
- Sugiro método de tentativa e erro.
- Haha. Mentira!
- Eu disse...
- Como foi?
- Ah. Não conto.
- Não conta por quê?
- Porque quero que você descubra.
- E por onde eu começo?
- Sugiro método de tentativa e erro.
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