segunda-feira, 12 de novembro de 2007

20. Helena - Parte 2

Helena era a típica heroína solitária chicana. Quase anônima como a grande maioria. Nunca soubemos o seu nome verdadeiro; nem eu nem o mais poderoso de seus clientes. Participara de inúmeras revoluções, todas elas no continente americano, sempre sob a proteção do pseudônimo.

Cansada de sangue e mais sangue, ela chegava à Amsterdã para oferecer o seu corpo vivo ao mortal que fosse. Precisava arrecadar junto aos senhores de bem a quantia necessária à compra da revolução. Em troca, oferecia-lhes o prazer que seus móveis, imóveis, esposas e estilos de vida não conseguiam.

Helena não negava o mundo à sua volta, mas simplesmente o combatia. A Revolução ela dizia que não acabou. O que aconteceu à luta de Helena é o que a trouxe a Amsterdã. “A revolução mudou” – ela sustenta – “a única Revolução possível é a das idéias”.
 
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