- Helena de um lado, eu do outro. Era assim que nos organizávamos. Ela tinha o seu ramal e eu o meu. Um console espelhado adjacente a cada cama... Também achei meio brega. O telefone tocava. Era o táxi lá embaixo esperando por...Helena...quase sempre. Eu ainda não tinha feito a minha clientela. E Henri também é um lerdo. Bem. Era assim que procediam os clientes agenciados.
E era Henri
que os agenciava
a grande maioria
deles
The business man, como manda o figurino: Henri é um ator perfeito. Um democrático liberal de direita que limpa a própria casa. Ele pensa que assim ele consegue convencer todo mundo; e ele consegue. Taí. É por isso que esse babaca está aqui nos agenciando. Clientes agenciados, clientela também. A gente depende dele, babe! É isso.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
18. Omitir não é Mentir
Sofia está calada:
Eu ouço tudo isso em paz. Posso até dizer que me excitaria se tão cansada eu não estivesse. Queria saber... Precisava entender aonde Henri queria chegar. Louros? Criminosos? Loiros criminosos comendo-lhe o cu?
E Henri continua (ou foi só nisto que Sofia prestou atenção):
- É isso que eu vou ser, Sofia! Eu vou ser uma prostituta...
Sofia o ouve junto à parede com as mãos espalmadas. Talvez, quisesse que Henri a comesse, que a comesse com força...que a comesse com força como se ela fosse um presidiário.
Henri fala e gesticula sem que Sofia possa escutar a sua voz. Aos poucos, a imagem que ela tem do homem se torna mais e mais desfocada. O semblante de Henri é sugado para o centro do quadro como um redemoinho, até que some e dá lugar a um todo branco e luminoso.
Sofia continua com as palmas das mãos junto à parede. Deste ângulo, podemos ver apenas um lado dela: seus braços, o pescoço. Ela tem o rosto todo virado para o lado oposto, também junto à parede. Respira devagar:
Helena me pegou pelos seios, pelas costas. Tocou na minha buceta com um de seus dedos, descendo para dentro de mim, depois saía; depois o outro. Beijava-me com a língua por detrás da minha. Ela era minha! Hoje e amanhã também de manhã no seu dia seguinte
No seu dia
seguinte
Eu ouço tudo isso em paz. Posso até dizer que me excitaria se tão cansada eu não estivesse. Queria saber... Precisava entender aonde Henri queria chegar. Louros? Criminosos? Loiros criminosos comendo-lhe o cu?
E Henri continua (ou foi só nisto que Sofia prestou atenção):
- É isso que eu vou ser, Sofia! Eu vou ser uma prostituta...
Sofia o ouve junto à parede com as mãos espalmadas. Talvez, quisesse que Henri a comesse, que a comesse com força...que a comesse com força como se ela fosse um presidiário.
Henri fala e gesticula sem que Sofia possa escutar a sua voz. Aos poucos, a imagem que ela tem do homem se torna mais e mais desfocada. O semblante de Henri é sugado para o centro do quadro como um redemoinho, até que some e dá lugar a um todo branco e luminoso.
Sofia continua com as palmas das mãos junto à parede. Deste ângulo, podemos ver apenas um lado dela: seus braços, o pescoço. Ela tem o rosto todo virado para o lado oposto, também junto à parede. Respira devagar:
Helena me pegou pelos seios, pelas costas. Tocou na minha buceta com um de seus dedos, descendo para dentro de mim, depois saía; depois o outro. Beijava-me com a língua por detrás da minha. Ela era minha! Hoje e amanhã também de manhã no seu dia seguinte
No seu dia
seguinte
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